- Caminho de Peregrinação

- Caminho de Peregrinação
- Tarouquela » Arouca
A voz utilizada para narrar o texto é gerada por Inteligência Artificial, podendo existir irregularidades pontuais.
- Nível Difícil
- Cronologia Romano-medieval a contemporânea
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- Mapa do Intinerário
- Descrição
- Galeria
Os caminhos foram desenhados para serem feitos a pé, as opções de viagem em “bicicleta” e “carro” são calculadas automaticamente pelo google maps, podendo resultar em caminhos ligeiramente diferentes.
- Distância 35 km
- Tempo 8 h 16 min
- Velocidade 4.6 km/h
- Min altitude 84 m
- Pico 706 m
- Subida 1158 m
- Descida 1278 m
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A voz utilizada para narrar o texto é gerada por Inteligência Artificial, podendo existir irregularidades pontuais.
Na sua caminhada para o Vale de Arouca esta via passa por São Martinho de Moimenta e São Martinho de Fornelos conforme o indica um documento datado de 1067: “villa Fornellus subtus mons Muro et civitas Sancti Felicis prope rivulo Pavia territorio Senabris…ad illo reco de Palatio iusta carraria antiqua” onde se registam topónimos como “Paço” e “Marmoiral”. Seguia depois para a extrema desta freguesia no lugar de Macieira onde, sobre um pequeno outeiro, foi construída a capela de Nossa Senhora dos Prazeres e mais tarde instituído o culto ao Senhor dos Enfermos. Daqui segue para Vila Viçosa e desce a serrania para atravessar o rio Paiva em frente a Espiunca, não sem antes passar junto da capela de São Plácido, que está na berma da estrada.
Espiunca é uma povoação concentrada anichada na borda do rio Paiva. Tem um passado romano através da necrópole de Alvariça e um presente de casas, muitas delas bem recuperadas e uma igreja paroquial com restauro recente. Na frente do adro há umas alminhas com um painel em azulejo representativo de Nossa Senhora do Carmo.
Provavelmente o traçado mais certo para esta carraria antiqua seria pelo Cerro do Cão, localizada na antiga “Serra Sicca” onde a carta de couto de D. Afonso III, ao mosteiro de São Pedro de Arouca, dada em 1257, menciona uma “stradam” que se localizaria por estas paragens. Séculos depois, a propósito da nascente do rio Sardoura, escreveu-se para as Memórias Paroquiais da freguesia de Santa Marinha de Sardoura (Castelo de Paiva) que o rio Sardoura nascia num “monte chamado Serro de Cão, que hé na estrada qua vai para a villa de Arouca, e para outras terras”. O percurso desta estrada não é fácil de traçar em virtude das características montanhosas da região, mas é quase certo que passaria na proximidade da Quinta de Carvalhas e de Vila Cova até que na parte mais alta da serra chega à vizinhança de Gamarão de Cima onde se funde com o traçado atual da R326-1. A partir daqui começa a descer para Santa Eulália não sem antes passar próximo à capela de Santa Luzia que é um pequeno templo implantado num espaço aplanado, de restauro muito recente, mas que conserva uma porta em arco redondo com arestas chanfradas o que a coloca cronologicamente entre o século XVI e o XVII.
O caminho passa na base do castro de “arauka”, vulgo castro de Valinhas, local com uma forte ocupação castrejo-medieval já que aqui se localizava o castelo que superintendeu aos destinos desta região e assegurava, na medida do possível, a defesa do cenóbio e das gentes que laboravam no vale de Arouca. Interessante é também o facto de, na base do monte onde está o castelo, que foi cabeça da Terra de Arouca, estar documentada em 1119 uma propriedade referida como estando junto ao “Castro ad Sancti Iacobi” e num outro, compilado três dias depois, como “in loco predicto in Sancto Iacobi subtus castellum”. De salientar que esta capela ainda subsiste na base nascente do monte, embora bastante modificada no final da época moderna.
O trajeto final passa nas imediações da igreja paroquial de Santa Eulália para entrar no espaço da vila pela rua do Calvário. Aqui há dois elementos patrimoniais muito importantes. O primeiro é o calvário instalado no cimo de uma penedia arredonda, onde sobressaem, para além das cruzes, um púlpito em pedra e umas alminhas, já sem painel. O outro é a capela dita de Nossa Senhora do Carmo, mas que na realidade é de invocação ao Divino Espírito Santo. A antiguidade da capela é garantida pelo portal de traça gótica (séc. XV), enquanto a capela-mor, mais tardia, foi feita ou refeita na centúria de seiscentos.
Saiba mais. Consulte a monografia AQUI (Pág. 25)
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