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 Este itinerário é uma outra abordagem para se chegar até à capela de Nossa Senhora no alto da Serra do Fojo. O percurso começa na estrada nº 222 e dirige-se para o centro da freguesia de Santiago de Piães através da Rua do Crasto onde há três pontos patrimoniais de grande interesse.

A igreja paroquial, que está dedicada a São Tiago, é uma construção antiga, mas que foi reformulada na ponta final da centúria de setecentos. A fachada é muito austera, mas no interior destaca-se a capela-mor decorada com caixotões pintados e em pleno adro o cruzeiro paroquial. Este é uma bela peça escultórica pois tem o fuste e o plinto profusamente decorados. O fuste e a haste transversal estão decorados com os símbolos mais usuais da Paixão de Cristo, enquanto no plinto, os motivos presentes são ramagens distendidas por toda a face. O remate da cruz é também deveras interessante, pois mostra dois enrolados que dão a ilusão de um capitel de estilo jónio.

Algumas centenas de metros a sul do adro está a capela de Santo António e ao lado o antigo calvário da freguesia. A capela é um templo construído no século XVII tendo próximo à sua fachada principal as imagens de Santo António e de São Tiago, este com os símbolos próprios da peregrinação a Compostela. Foram esculpidas em granito e são em tamanho natural.

O calvário consta de três cruzes, sendo a central a de Jesus Cristo. Esta tem uma decoração muito similar à do adro da igreja, diferenciando-se unicamente no que toca à decoração do plinto. No caso vertente, a decoração centra-se na figura da Morte, temática alusiva à efeméride que o calvário representa.

O caminho antigo passava pelo meio das casas arruadas, junto da igreja e do calvário para sair mais à frente ao lugar de Seixos. Aí toma contato com a CM1015 e com a rua de Nossa Senhora do Socorro que nos leva até ao centro do pequeno lugar. Aqui está uma capela dedicada a Nossa Senhora, que data do século XVII, pois já vem referida nas Memórias Paroquiais e para tal cronologia apontam os pináculos triangulares, o frontão sobre o qual assenta a sineira de arco redondo e as cantarias da fachada que sobressaem na pintura branca do conjunto. Na rampa de acesso a esta capela há um nicho envidraçado no interior do qual está uma imagem da patrona da capela.

O caminho para a capela da Senhora de Cádis continua depois pela rua de São Pedro e rua Cimo de Vila. Aqui vamos deparar com umas alminhas que estão assentes numa base de cimento.

As alminhas foram feitas num bloco de granito retangular que receberam, recentemente, uma cruz de cimento, algo que não invalida a data que nele está inscrita: 1852. O nicho resguarda um painel em azulejo de lavra recente representativo das Almas do Purgatório e de Cristo Crucificado. No exterior do nicho há em relevo uma cruz ladeada por dois pináculos e duas rosáceas.

Ultrapassada a rua de Cimo de Vila chega-se ao cruzamento com o caminho de Prázios onde, na berma, há um outro cruzeiro desprovido de qualquer ornamentação que está diretamente relacionado com a capela de Nossa Senhora que fica umas centenas de metros mais acima.

Saiba mais. Consulte a monografia AQUI (Pág. 41)