A voz utilizada para narrar o texto é gerada por Inteligência Artificial, podendo existir irregularidades pontuais.

A capela de Nossa Senhora de Cádis é uma construção do final do século XVII, muito possivelmente de 1697. Ao lado foi construída uma casa onde se acolhiam os muitos devotos que ali se dirigiam e que eram recebidos por um ermitão que tratava do culto e da capela da Senhora. O culto a Nossa Senhora nesta serra é sem dúvida medieval, mas foi reavivado em 1680 quando a Senhora apareceu em sonhos a um aleijado que andava de muletas e que ficou curado. Ele, como gratidão, levou as muletas à capela da Senhora. A partir dali os milagres sucederam-se e como prova de gratidão os miraculados deixavam ficar os ex-votos na dita capela.

Os caminhos foram desenhados para serem feitos a pé, as opções de viagem em “bicicleta” e “carro” são calculadas automaticamente pelo google maps, podendo resultar em caminhos ligeiramente diferentes.
  • Distância 7 km
  • Tempo 1 h 43 min
  • Velocidade 4.2 km/h
  • Min altitude 384 m
  • Pico 606 m
  • Subida 384 m
  • Descida 184 m

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A voz utilizada para narrar o texto é gerada por Inteligência Artificial, podendo existir irregularidades pontuais.

 
A caminhada para a capela de Nossa Senhora, que está situada na serra da Cruz do Fojo em São Cristóvão de Nogueira, inicia-se no centro da vila de Cinfães, junto da Câmara Municipal e do seu pelourinho, uma peça arquitetónica, que se pode datar da época moderna atendendo à sua configuração classicista.

A partir daqui o caminho chega à antiga Escola Primária e de seguida ao monte da Forca, um pequeno outeiro pedregoso que conserva ainda a coluna de pedra onde em tempos mais recuados se faziam as execuções públicas dos condenados à pena capital.

Em tempos mais recuados o caminho seguia pelo lugar de Bouças, com casas de lavoura muito aconchegadas e caminhos estreitos que através dos campos atravessavam sítios como Outeirinhos, Cruz e Cosconhe para se chegar a Joazim onde passa a CM1016. No entanto, o abandono de alguns destes caminhos aconselha que os peregrinos, logo junto ao outeiro da Forca, sigam pelo atual traçado da CM1016 até ao cruzamento com o ramal que segue para o cemitério da Vila e o calvário, sítio onde outrora iam as procissões penitenciais. Esta estrada é percorrida até à calçada do Pinheiro, sítio onde está a capela de invocação a Nossa Senhora da Conceição, templo com a porta voltada para a estrada, mas que está muito descaracterizada por obras recentes. Os arranjos não escondem, todavia, uma certa afinidade tipológica com outras capelas datadas do século XVII. Próximo a ela e na berma desta estrada estão umas alminhas, também elas sob a invocação da Senhora da Conceição, mas cuja cronologia deve ser atribuída a meados do século XIX.

Na caminhada para a povoação de Vilar de Peso, a estrada cruza dois pequenos cursos de água que fazem parte do ribeiro de Sampaio. Passa sobre duas pontes que são de traça recente, mas próximo a uma delas há um outro pontão, antiga travessia de padieiras ou de cheias, cujo tabuleiro é em cimento, ao invés dos arranques e suporte central dos dois olhais, que são em pedra de alvenaria mal afeiçoada. Este velho pontão, que no presente não tem serventia visível, estava inserido num dos caminhos que vinham de Bouças e Cosconhe, mas hoje não passa do reflexo de um velho eixo viário tornado obsoleto por falta de limpeza e de uso quotidiano.

Ultrapassadas as duas pontes, o caminho segue em direção a Vilar do Peso onde se encontra a capela de Nossa Senhora da Livração inserida no núcleo habitacional de casas concentradas, algumas delas de tipologia bem vernacular, já que foram construídas com pedra de alvenaria não rebocada e tão pouco estão providas de qualquer tipo de pintura.

No cruzamento com a localidade de Sogueire pode observar-se um antigo caminho empedrado formado por grandes lajes de granito que é serventia de um pequeno núcleo de casas, também elas construídas em pedra não rebocada. Na berma da estrada há umas alminhas em granito, assentes numa ampla base de cimento. As alminhas não são anteriores ao século XIX e o caminho deriva aqui para a CM1017.

Na entrada no núcleo populacional que se segue há umas outras alminhas que foram colocadas no cimo de um nicho envidraçado dedicado à Nossa Senhora de Fátima. As alminhas são certamente oitocentistas, mas para além delas, a atenção também se volta para uma série de velhos espigueiros totalmente feitos em ripado de madeira e ainda para a padieira de uma porta de entrada para um quinteiro de casa de lavoura que está decorada com motivos vegetalistas.

Ultrapassado o lugar, a estrada tem uma derivação que sobe para o pequeno lugar de Cádis onde está a capela de Nossa Senhora.

Saiba mais. Consulte a monografia AQUI (Pág. 41)

Outros caminhos