- Caminho de Peregrinação

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- Borba de Godim (Alto da Lixa) » Monte de Santa Quitéria » Ponte do Arco (Vila Fria)
A voz utilizada para narrar o texto é gerada por Inteligência Artificial, podendo existir irregularidades pontuais.
- Nível Médio
- Cronologia Romana
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- Mapa do Intinerário
- Descrição
- Galeria
Os caminhos foram desenhados para serem feitos a pé, as opções de viagem em “bicicleta” e “carro” são calculadas automaticamente pelo google maps, podendo resultar em caminhos ligeiramente diferentes.
- Distância 15 km
- Tempo 3 h 27 min
- Velocidade 4.4 km/h
- Min altitude 151 m
- Pico 439 m
- Subida 241 m
- Descida 528 m
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A voz utilizada para narrar o texto é gerada por Inteligência Artificial, podendo existir irregularidades pontuais.
Quando nos primórdios do século XVIII o culto a Santa Quitéria começou a brilhar no alto do Monte de Pombeiro a rede de estradas que hoje lhe dá acesso, por assim dizer, não existia. Havia, isso sim, caminhos vicinais e uma velha via de comunicação que saía de Braga, passava por Guimarães, atravessava o rio Vizela na ponte do Arco em Vila Fria, passava nas imediações dos mosteiros de Pombeiro e de Caramos e dirigia-se para Marco de Canaveses (Tongobriga), através de Borba de Godim, que fica na extrema do atual território de Felgueiras. Este percurso é, em certa medida, o decalque da estrada romana Bracara Augusta – Tongobriga – Emerita Augusta e foi até meados do século XIX uma importante ligação entre a capital do Minho e as terras banhadas pelos rios Douro e Tâmega.
Este caminho tem início em Borba de Godim, pelo sítio do Alto da Lixa. Passa depois na cidade da Lixa e segue em direção de Quintela, Espiúca, Cerdeira das Ervas, Moita, Almoinha e Borlido, onde se encontra a igreja paroquial de São Martinho de Caramos, anteriormente mosteiro dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. Deixando para trás esta igreja, a antiga via romana seguia pelos lugares de Lama, Pereira, Souto, Ameal e Várzea, onde cruza com a EM564, dirigindo-se depois para o lugar da Varzielinha.
Segue depois pelo lugar da Venda, Barreiras, Forca, Taco, Corvas, Guilhofrei, Água Empregada e Cascalheira, entrando na freguesia de Pombeiro de Ribavizela. Pela descrição pode ver-se que o traçado desta via não passava propriamente no centro daquela que hoje é a cidade de Felgueiras, mas relativamente próximo do epicentro paroquial de Santa Eulália de Margaride e do monte que lhe está nas costas e que albergava os restos de um castro e de um castelo roqueiro medieval.
Em Pombeiro de Ribavizela passa no lugar do Pombeiro, onde se encontra o mosteiro e segue pela estrada que margina a Quinta do Seminário. Passa depois pelos lugares de Rua, Raposeira e Quinta da Eira, descendo aí para a Boavista, onde toma como destino a calçada antiga que vai ter à velha ponte do Arco que é de origem romana.
A importância desta ponte era de tal ordem no panorama regional que os párocos de outras freguesias, que nem limítrofes dela eram e da qual só se serviam esporadicamente, também a ela se referiram nas anotações que enviaram à Academia para o inquérito de 1758.
Evidentemente que este traçado nunca foi pensado para servir o monte Pombeiro e tão pouco o culto religioso que ali nasceu bastantes séculos depois. Todavia, como via estruturante que foi, era através dela que se processava muito do trânsito norte-sul, porque a velha ponte romana estava ali à mão e só com o decorrer da Idade Média é que outras nasceram abrindo assim novas alternativas de circulação.
Quando o culto de Santa Quitéria ganhou expressão na 2ª metade do século XVIII esta ainda era a principal estrada da região que os primeiros peregrinos usaram até à entrada de Margaride, viessem eles dos mais diversos quadrantes da região ou mesmo de pontos mais distantes. Assim sendo aqueles que se serviam da ponte do Arco ou vinham do mosteiro de Pombeiro, subiam até ao lugar da Empregada onde tomavam a direção de Cabo e Figueiredo e assim atingir a periferia norte da cidade. Aqui poderiam chegar ao topo do monte onde estava a capela por um caminho que passava junto da quinta de Samoede.
Quem pretendesse chegar até Margaride e subir até ao monte de Santa Quitéria vindo dos lados de Marco de Canaveses e de Amarante seguiria o traçado da estrada romana até alturas do lugar da Forca, o mesmo fazendo para quem viesse dos lados do Porto. Aqui tomava o leito da EN207 que passa por Agras, Idanha, Tapada da Cabreira antes de chegar à igreja de Santa Eulália de Margaride. Aqui pela rua da Alegria chega-se à primeira das capelas que relatam a vida da santa e percorrendo-as atinge-se a entrada do terreiro onde está o santuário.
Saiba mais. Consulte a monografia AQUI (Pág. 127)
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