- Caminho de Peregrinação

- Caminho de Peregrinação
- Barca de Arêgos » São Romão de Arêgos » Santa Maria de Cárquere
A voz utilizada para narrar o texto é gerada por Inteligência Artificial, podendo existir irregularidades pontuais.
- Nível Difícil
- Cronologia Medieval
- Nível Difícil
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- Mapa do Intinerário
- Descrição
- Galeria
Os caminhos foram desenhados para serem feitos a pé, as opções de viagem em “bicicleta” e “carro” são calculadas automaticamente pelo google maps, podendo resultar em caminhos ligeiramente diferentes.
- Distância 10 km
- Tempo 2 h 28 min
- Velocidade 4.0 km/h
- Min altitude 49 m
- Pico 607 m
- Subida 627 m
- Descida 166 m
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A voz utilizada para narrar o texto é gerada por Inteligência Artificial, podendo existir irregularidades pontuais.
Até tempos relativamente recentes a travessia do rio Douro era possível fazer-se através de barcas de passagem, já que não havia pontes. Um destes caminhos começava na barca das Caldas de Aregos onde há uma bem conhecida estância termal.
A estância termal de águas sulfurosas, apropriadas para o tratamento de doenças dermatológicas e das vias respiratórias, remonta muito possivelmente à época romana, mas foi com os primeiros monarcas da 1ª dinastia que começou a ganhar expressão ou este território não estivesse na órbita da família Ribadouro, através de Egas Moniz, tido como o aio de D. Afonso Henriques que está ligado ao milagre de Santa Maria de Cárquere. Segundo a tradição a rainha D. Mafalda, mulher de D. Afonso Henriques teria mandado contruir aqui uma albergaria e uma gafaria para cura dos doentes que demandavam aquele local à procura das águas cálidas que aliviassem os seus achaques.
No epicentro da atual povoação está a capela de Santa Maria Madalena, com marcas da arquitetura quinhentista nas portas e cornija, mas que não esconde um passado anterior em pedras com marcas de forfex medieval, se não mesmo anteriores, que remontem a um passado romano. Nas suas paredes estão gravadas as datas de algumas das grandes cheias que assolaram o rio Douro antes da construção das barragens que lhe estão a montante.
Esta antiga povoação, com o seu passado medievo, é servida pela estrada nacional nº 222, sucessora de uma antiga via que bordeja o rio Douro. Os peregrinos a Santa Maria de Cárquere seguiam esta estrada até ao Km 98, altura em que tomavam um caminho que os levavam em direção de Pousada e Torre, deixando a nascente os lugares de Casais e Bairral e mesmo a sede da freguesia que é Anreade.
Nesta terra, que é povoação de origem marcadamente medieval, pois há documentos que mencionam uma “villa andreati” em meados do século X e que está dedicada a São Miguel, há uma série de construções civis e religiosas de grande valor patrimonial. São elas a casa e capela do Espírito Santo e as casas senhoriais da Pousada, da Granja, de Fornelos, do Souto e do Outeiro, esta, muito remodelada, tem uma fachada que se pode atribuir à época moderna, tendo no seu interior um belo altar em talha dourada de estilo nacional, um teto decorado com caixotões, o que faz pensar que a presente estrutura deve situar-se, cronologicamente, entre a 2ª metade do séc. XVII e o começo da centúria seguinte.
O caminho chega a Pousada e Torre, que são dois topónimos cujo passado bem pode remontar ao período medievo, embora a atual casa da Torre, com a sua capela incorporada, não seja anterior ao século XVIII. A partir daqui o caminho inicia uma subida que o vai levar até ao presente traçado da estrada municipal CM nº 554, uma via serpenteante, porque assim o exige a topografia acidentada da encosta. Quando chega próximo à capela de Nossa Senhora da Piedade, já mencionada nas Memórias Paroquiais de 1758, deixa a atual estrada para cortar pelo meio das casas do Barroco e da Boavista até atingir um cruzamento que leva, novamente, à dita estrada municipal, mesmo no epicentro do lugar onde está a igreja paroquial, que foi mandada construir em 1921.
A partir daqui o caminho será aquele que decalca a estrada municipal nº 554. Passa no sítio de Costa do Frade e já em terrenos de Santa Maria de Cárquere, o caminho antigo era aquele que vinha da Torre de Beba e subia para o lugar de Tulhas, pequeno aglomerado populacional às portas do espaço que rodeia o antigo mosteiro de Santa Maria.
Saiba mais. Consulte a monografia AQUI (Pág. 55)
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