- Caminho de Peregrinação

- Caminho de Peregrinação
- Albergaria da Serra » Arouca
A voz utilizada para narrar o texto é gerada por Inteligência Artificial, podendo existir irregularidades pontuais.
- Nível Médio
- Cronologia Medieval a contemporânea
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- Mapa do Intinerário
- Descrição
- Galeria
Os caminhos foram desenhados para serem feitos a pé, as opções de viagem em “bicicleta” e “carro” são calculadas automaticamente pelo google maps, podendo resultar em caminhos ligeiramente diferentes.
- Distância 17 km
- Tempo 3 h 36 min
- Velocidade 4.8 km/h
- Min altitude 263 m
- Pico 1075 m
- Subida 259 m
- Descida 933 m
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A voz utilizada para narrar o texto é gerada por Inteligência Artificial, podendo existir irregularidades pontuais.
Na entrada do concelho de Albergaria da Serra, o caminho começa junto do Centro Interpretativo das Pedras Parideiras situado em plena serra e encaminha-se para o núcleo principal de Albergaria da Serra passando ao lado do lugar de Cabaços e deixando ao lado a já mencionada Portela da Anta. A chegada ao núcleo habitacional, concentrado e arruado, com muitas casas ainda ao estilo tradicional, ou seja, feitas com pedra não aparelhada e cobertas com telhas de lousa, faz-se atravessando o pequeno curso numa ponte de tabuleiro e pilares em cimento que substituiu a anterior, que no século XVIII era de madeira. Consoante o menciona o abade das Memórias Paroquiais: “perto à igreja tem huma ponte de pao onde passa a estrada de Vizeo para o Porto”. Relativamente perto está a igreja paroquial dedicada a Nossa Senhora da Assunção ligeiramente deslocada do núcleo habitacional principal. Na saída da aldeia a estrada dividia-se em dois ramais distintos. Um, tido como o caminho Romano, seguia para o Merujal e Provisende de Cima passando na periferia da capela de Nossa Senhora da Lage, local de afamada festa mariana. Sintomático é o facto de o abade que redigiu as Memórias Paroquiais de 1758 ter escrito o seguinte: “Há memoria que nesta freguezia na estrada que vem do Merujal para o Porto, no sitio do Rego de Chave, houve hum hospital cuja admenistração pertencia ao comendador da freguezia de Roças…. mas nada delle existe”.
Daqui a estrada descia a Quintela (EM511), a Chão de Ave, a Farrapa, a Barracão, a Aliviada (EM519) e Alagoas, até chegar a Escariz. Nestes dois locais há um poderoso núcleo megalítico. Daqui seguia para Louredo a caminho da via “Olisipo-Cale”. Entre a Aliviada e Escariz a velha estrada está assinalada na zona de Venda da Serra e no sítio do Cruzeiro. Naturalmente que esta estrada não levava ao vale de Arouca e tão pouco ao convento onde está o corpo de Santa Mafalda. Daí que os viajantes e os peregrinos que viessem dos lados de Manhouce e do concelho de São Pedro do Sul teriam de infletir para o vale de Arouca por alturas de Albergaria da Serra por um traçado que corresponde hoje, mais ou menos, ao da EM511. Esta passa pelo Chão de Espinho, pequeno núcleo agrário encaixado nos contrafortes da serra da Freita. Segue para a Granja e desce a encosta até atingir Figueiredo. Aqui, no núcleo habitacional, há umas alminhas com azulejo de Nossa Senhora do Carmo, estando encimada por uma cruz ladeada por dois pináculos triangulares. Estão estas alminhas datadas de 1746 e não diferem de outras que estão no centro do lugar.
Após passar em frente da capela do Senhor da Boa Morte, com data de 1786, o caminho dirige-se para o sítio onde está a igreja paroquial de São Salvador do Burgo com uma estrutura arquitetónica que deve ser atribuída já ao século XVIII. Aqui, já em pleno vale, deixa ao lado o lugar de Romariz, topónimo de clara ascendência germânica.
Na freguesia de Santo André de Escariz. Quando entra no concelho passa no largo do Cruzeiro que tem a data 1698 gravada na base do plinto e atinge o cruzamento com a EN327 que liga com Oliveira de Azeméis. Mais adiante deixa a EN326 e flete na direção do pequeno lugar de Abitureira. No seu trajeto passa perto da igreja de Santa Cristina de Mansores com a sua fachada revestida a azulejo floral recente e mais adiante no calvário que foi recentemente restaurado. Atinge depois o pequeno lugar das Agras com a capela dedicada a Santo António, que está no meio do povo. O cruzeiro, esse, está junto da estrada, tal como umas alminhas dedicadas a Nossa Senhora do Carmo atribuídas ao século XVIII, mas que tem um painel em azulejo recente, da Fábrica do Cavaco.
Singrando a meia encosta, o caminho chega a Abitureira. Nesta povoação subsiste ainda o topónimo Estrada Velha. A estrada atravessava o rio Arda em Fontão Longo, seguindo depois para Santa Marinha de Tropeço. Este traçado está assinalado em Venda Nova, sítio próximo à igreja marcado por achados de época romana que podem provir de uma ocupação tipo casal tardo-romano.
A ponte, que era de madeira em meados do século XVIII, foi depois construída em cantaria de boa qualidade, consoante demonstra o seu arco redondo que conserva os buracos do zimbre e os paramentos em xisto argamassado. Ultrapassada esta, na berma da EM1208 há umas alminhas da segunda metade do século XVIII, mas cujo painel é em azulejo recente.
O lugar seguinte é Carvalhal e ultrapassado este, pela EM506 chega-se à capela de São João em Santa Marinha de Tropeço que tem na sua frente um curioso coreto com a cobertura feita em chapa à maneira da Arquitetura do Ferro e mais adiante, ao largo onde está a igreja paroquial. Na entrada do adro há umas alminhas de traça recente com um painel em azulejo com a figura de Cristo Crucificado a presidir.
No seguimento do seu trajeto, o caminho passa pelo nicho do Posadouro que tem no seu interior a imagem de Santa Marinha. Passa na periferia da igreja paroquial de São Miguel de Urrô de traça clássica e uma peculiar torre de duas sineiras assentes num pórtico de arcos redondos na frente da porta principal. No adro conservam-se algumas tampas de sepulturas, uma delas com data de 1664 e encostado à parede lateral há um sarcófago em pedra atribuído ao século XIX.
Este trajeto é apoiado pela proximidade do casal Romano da Malafaia situado na freguesia da Várzea e através da M506 chega-se à capela de São Lourenço, que pertence a São Miguel de Urrô. Nesta capela, que tem a data de 1759, mas conserva uma porta de arestas chanfradas à moda quinhentista, há umas alminhas com a inscrição – ANNO DOMINI 1837 CERVEIRA – e ainda um silhar com a inscrição que pode ser interpretada como IOVI (Júpiter).
Seguidamente aproxima-se do ribeiro de Moção onde subsiste o topónimo Porto da Barca. Após a travessia do ribeiro o caminho sobe até ao Burgo onde está o memorial e a capela de Santo António. Esta tem a data 1599 gravada no lintel da porta que está protegida por um alpendre sustentado por quatro colunas de tipologia desigual. Na frente da capela e na parte mais poente do adro há um cruzeiro de estilo manuelino, com base hexagonal decorada com cordiformes e pérolas e um fuste oitavado encimado por uma cruz florenciada.
Daqui o caminho segue em linha reta até à entrada do convento onde está o corpo de Santa Mafalda, passando ao lado do antigo lugar da Aborrida onde foi recolhido um pequeno tesouro monetário romano datado do século IV.
Saiba mais. Consulte a monografia AQUI (Pág. 25)
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