Nossa Senhora de Carquere - Resende - Caminhos de Peregrinacao - Ader-Sousa

Santa Maria de Cárquere

A voz utilizada para narrar o texto é gerada por Inteligência Artificial, podendo existir irregularidades pontuais.

Apesar de ter um passado romano bem conhecido, Santa Maria de Cárquere ganhou projeção nacional com a sua ligação a Egas Moniz que a tradição aponta como tendo sido o aio do jovem príncipe Afonso Henriques. A mesma tradição coloca este antigo mosteiro na rota da cura de uma enfermidade que o jovem príncipe padecia e que sarou por intercessão de Nossa Senhora.

Os caminhos foram desenhados para serem feitos a pé, as opções de viagem em “bicicleta” e “carro” são calculadas automaticamente pelo google maps, podendo resultar em caminhos ligeiramente diferentes.
  • Distância 21 km
  • Tempo 4 h 45 min
  • Velocidade 4.6 km/h
  • Min altitude 512 m
  • Pico 1167 m
  • Subida 529 m
  • Descida 1012 m

👋 Pode importar os ficheiros GPX e KML na sua app preferida. Sugestões: Trackilia.

Copy the following HTML iframe code to your website:

  • Distance Instructions
Label

A voz utilizada para narrar o texto é gerada por Inteligência Artificial, podendo existir irregularidades pontuais.

 
Este itinerário começa na derivação da EN321 que conduz à Gralheira (concelho de Cinfães). Percorridos escassos quilómetros, ao atingir-se a bifurcação Gralheira – Panchorra toma-se a direção desta última povoação. Com este traçado procura-se recriar a ligação que havia entre a estrada que unia Viseu a Lamego por Castro Daire, para terras de Cinfães e de Resende e que motivou, entre outras medidas, a construção de pontes como a da Panchorra de dois arcos de volta inteira que está referida nas Memórias Paroquiais de 1758 pelo pároco da freguesia da Nossa Senhora da Graça da Gralheira e está classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1997. É certo que esta ponte não foi construída com intuitos de servir um itinerário que se dirigisse, expressamente, a Santa Maria de Cárquere, mas mais seguramente para Ramires e Ovadas, realidade que não obstou, que a partir dela, se tivessem aberto novas rotas de circulação, que serviram pequenas povoações espalhadas pela serra.

Panchorra, cujo orago é São Lourenço, é uma freguesia que nasceu como paróquia independente no século XVI e conservou durante muitos séculos uma vincada ruralidade vernacular que ainda se revê em muitas das construções que ponteiam o núcleo principal da povoação. Muitas destas casas, até tempos recentes, foram cobertas a colmo. Outras, embora telhadas, conservam os típicos beirais de pedra que protegiam e ajudavam a segurar a palha que as cobria.

É inegável que o maior valor patrimonial desta terra são as construções de cariz vernacular, mas não podemos esquecer a sua ponte, a calçada que a servia e um cruzeiro muito singular que ostenta um pequeno nicho cravado no cruzamento da cruz no qual há uma pequena imagem de Nossa Senhora com o Menino.

Este traçado está marcado dentro desta freguesia por duas capelas que foram construídas ao longo do seu percurso. São elas Nossa Senhora da Visitação e São Sebastião na pequena povoação de Talhada. Esta capela construída em alvenaria, bem cuidada e não rebocada, é obra do séc. XVII. Na saída da povoação, na berma da EM553-1, que dá acesso a diversas localidades, entre as quais Panchorrinha, está a capela da Senhora da Visitação, construção pequena, de alvenaria cuidada e cuja cronologia não deve diferir da de São Sebastião.

A serra aplanada e ponteada de aerogeradores de colocação recente, possui algumas pequenas povoações que vivem de escassa agricultura e pastoreio de animais. A mais próxima da freguesia de Panchorra é Panchorrinha, sendo servida pela estrada camarária M553-1, só que na sua proximidade, deriva para a EM553 que segue até às cercanias de Mariares deixando este pequeno lugar a curta distância. O trajeto leva de seguida até à Granja onde está a capela dedicada a Nossa Senhora dos Remédios. Esta é uma construção em alvenaria, relativamente cuidada, porta a facear com a rua e pequena torre sineira sobre a cornija esquerda. O interior é espartano, tal com o exterior, com um altar em estilo neoclássico que é do mais simples que se possa fazer.

O caminho dirige-se daqui para os lugares de Rossas e Vila Pouca. Em Rossas há uma capela dedicada a Nossa Senhora dos Vales. Esta fica no meio do povo e está bem cuidada. A sua traça arquitetónica aponta para a centúria de seiscentos, a ajuizar pela tipologia da porta principal e pelos pináculos triangulares que decoram os quatro ângulos da construção.

Deixando Vila Pouca a estrada atravessa o resto do planalto até atingir o lugar de Canizes que já pertence a Santa Maria de Cárquere. Passa perto do pequeno lugar de Barroca e atinge o monte onde está a capela de São Francisco em cuja ladeira se encontram as cruzes do calvário da freguesia. Contornado o monte onde está o calvário, o caminho chega ao largo onde está o antigo convento.

Saiba mais. Consulte a monografia AQUI (Pág. 55)

Outros caminhos