- Caminho de Peregrinação

- Caminho de Peregrinação
- Barca de Mirão » São Salvador de Resende » Santa Maria de Cárquere
A voz utilizada para narrar o texto é gerada por Inteligência Artificial, podendo existir irregularidades pontuais.
- Nível Médio
- Cronologia Medieval
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- Mapa do Intinerário
- Descrição
- Galeria
Os caminhos foram desenhados para serem feitos a pé, as opções de viagem em “bicicleta” e “carro” são calculadas automaticamente pelo google maps, podendo resultar em caminhos ligeiramente diferentes.
- Distância 7 km
- Tempo 1 h 55 min
- Velocidade 3.9 km/h
- Min altitude 61 m
- Pico 513 m
- Subida 562 m
- Descida 112 m
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A voz utilizada para narrar o texto é gerada por Inteligência Artificial, podendo existir irregularidades pontuais.
A Barca de Mirão fazia a ligação entre São Tomé de Covelas (concelho de Baião) e Mirão, lugar da freguesia de Resende, que confina com o rio Douro. Neste lugar há uma capela dedicada a Nossa Senhora dos Prazeres que o abade das Memórias Paroquiais considerava ser privada em meados do século XVIII e cujo aspeto arquitetónico, com o seu arco redondo de traça quinhentista e pequena sineira assente sobre a empena principal, aponta para um passado muito próximo do medieval. No seu interior havia uma imagem de Nossa Senhora, em madeira pintada e estofada, atribuível ao século XVII. Imagem e estrutura exterior da capela são bastantes frustes, enquanto o interior se apresenta com as paredes rebocadas e pintadas.
Este caminho passava nas imediações da capela de São Gens e pela EM1047 vai bifurcar na EN222. Seguia então pelo centro da vila de Resende, que a partir de 1874 agregou os antigos concelhos de Aregos, São Martinho de Mouros e Resende e firmou a sua sede na outrora povoação de São Gens. De realçar que nesta vila o património tem lavra relativamente recente (pós 2ª metade do séc. XIX) juntamente com outro, bem mais antigo, como a igreja paroquial dedicada a São Salvador, que na sua essência data do séc. XIII, mas que ao longo dos tempos sofreu várias mutações, a última das quais, na década de 60 do século passado. As obras que então se fizeram eliminaram praticamente todos os sinais românicos prevalecentes, à exceção daqueles que ainda subsistem na fachada principal.
No interior há, entre outras imagens, uma que representa Nossa Senhora com o Menino, popularmente conhecida como Nossa Senhora do Rosário. É uma imagem fabricada em pedra de Ançã, coroada e policromada, que data da centúria de quatrocentos. De realçar também no centro da vila e a confinar com o traçado da EN222, o edifício onde está instalada a Loja Interativa de Turismo, que ostenta a data de 1732 na verga da porta. Passa, igualmente, junto da capela de Nossa Senhora da Livração que tem uma porta em estilo neogótico.
Atingida a igreja românica muito alterada de São Salvador, os peregrinos e caminhantes que demandavam Santa Maria de Cárquere, fletiam para aquela que hoje é a EM1610, mas que junto da igreja dá pelo nome de rua de São Salvador. A partir daqui o traçado é bastante retilíneo até atingir o pequeno lugar de Vinhós. Ao chegar a esta povoação, deriva-se da EM1610 para atingir o meio do povo. Aqui, passava junto do edifício da antiga cadeia concelhia, bem como das capelas dedicadas a São Tiago, Anjo da Guarda e Nossa Senhora da Agonia que vêm referidas nas Memórias Paroquiais de 1758.
Ultrapassado o centro deste pequeno lugar, o caminho antigo seguia para Safões onde, num cruzamento de velhos trilhos, se encontra um nicho das Almas do Purgatório que tem como patrono a figura de Santo António. Este velho nicho, ainda com serventia religiosa, pela sua tipologia é datável entre a ponta final do século XVIII a meados do XIX. A partir deste ponto, o caminho segue em direção a São Domingos e logo em seguida à ponte de Carcavelos.
Esta, é uma ponte de um único arco de volta perfeita, de grande amplitude, com tabuleiro plano e ausência de qualquer sinal de cavalete. Foi construída para se poder fazer a travessia do pequeno, mas encaixado rio Corvo. Tem quase quarenta metros de comprimento, guardas de pedra e restos de um pavimento de lajes de granito já muito desgastadas pelo uso. Do lado de São Domingos há umas alminhas incrustadas no parapeito de acesso à ponte, tal como ligeiramente a jusante há um conjunto de três moinhos de rodízio que funcionavam com a água que era captada um pouco a montante da ponte, do lado de Arrifana.
Cronologicamente é obra do século XVII, pois já vem citada nas Memórias Paroquiais de 1758 das freguesias de Anreade e de Cárquere e não mostra ter sinais de ter havido uma anterior.
Ultrapassada a ponte, o caminho está algo adulterado na passagem pelo pequeno lugar de Arrifana. Subia adaptado à topografia do terreno até ao espaço do lugar de Quintela, seguindo daí para a colina onde está o mosteiro com a sua igreja românica. Na entrada do recinto está o cruzeiro de Nossa Senhora do Encontro sobre um alpendre sustentado por quatro colunas e cobertura piramidal em granito e que data do século XVII, pois ostenta a data de 1641 numa das suas pilastras.
Foi na abertura da rampa que conduz ao padrão de Nossa Senhora do Encontro que apareceram as sepulturas e lápides romanas, tal como nos arranjos que se fizeram no adro e no espaço envolvente que apareceram restos de colunas atribuídas ao período romano, uma das quais se conserva como relíquia num canto do adro.
Saiba mais. Consulte a monografia AQUI (Pág. 55)
Outros caminhos